sexta-feira, 26 de novembro de 2010

foi embora, mas eu nunca disse adeus

Será que uma vez por ano será assim? Essa ansiedade, expectativa, misto de prazer e agonia que é a espera? Eu já tomei Nausilon (aquele que uma vez eu pinguei no nariz achando que era Naridrin, até descobrir que era remédio para enjoo), já tentei me acalmar. Nem consegui comprar o floral já que estava com os nervos à flor da pele e não me era possível optar pelos frasquinhos. Coloquei todas as músicas do MP4 em modo shuffle e fui terminar de arrumar as malas. O mais "grosso" já estava dentro (soou estranho?!) e eu estava colocando as coisas menores, os detalhes.
Cadê meus óculos? Cadê minha câmera? Cadê minhas meias? Cadê meu raciocínio lógico?
Dessa vez é bem mais difícil ir embora. Deixar pra trás um mundo, um tempo de coisas ruins é fácil. Aquilo que uns chamam de fuga eu já fiz várias vezes. E dessa vez? E agora que tenho amigos excelentes sempre perto de mim? Agora que decidi concluir uma graduação? Agora que minha casa está em paz? Agora que eu estou feliz?

É muito mais difícil mesmo deixar um sonho para trás. Mas, vale a pena quando se vai atrás de outro sonho. Deixo o coletivo pelo individual. Tá, soa egoísta demais até para mim. Só que a vida é feita de oportunidades e eu não posso perdê-las agora.

Navio Zenith. No Brasil, o litoral. No Mar Mediterrâneo, Grécia, Egito, Israel, Espanha e Itália entre outros aguardam meus olhos curiosos de turista trabalhadora. Oito meses de saudades e de sonhos realizados vêm por ai. A ficha ainda não caiu. E, talvez, caia só amanhã lá pelas 9h quando estiver na metade do meu voo para Recife.

Aos que deixo, por enquanto, e já contando os dias para revê-los, um grande abraço de urso.

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