quinta-feira, 22 de outubro de 2009

e está cada vez mais perto

e cada vez que eu olho para trás o futuro me chama.
eu estou inconsciente, pois, agora nada mais depende dos meus planos milimetricamente traçados.
minha vida está nas mãos e escolhas de outras pessoas.
ansiedade? não vai adiantar.
espera? dá nós no meu estômago.

sempre que eu mentalizo, algo acontece. às vezes eu me sinto como a Jeannie, a gênia, e no momento estou na garrafa fechada.

em breve será aberta assim como meus braços para uma nova vida.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

fim de semana

Mais um fim de semana na pacata cidade de Praia Grande, sem grandes acontecimentos. Para os outros. No sábado acordei às 5h da manhã, peguei o Canal 1 - 941 e atendi muitos clientes. Saí mais cedo, fui ao Extra, comprei meus utensílios para o próximo trabalho: uma coqueteleira, um pegador de gelo (que na verdade só serviu para pegar frutas), um socador (que eu não achei e só usei o do meu colega do lado), um baldinho, um pano e uma tábua. Devo ter feito uns 50 drinks batidos e uns 20 montados. Sex on the beach, Piña Colada e Coquetel de Frutas foram minhas especialidades.
Como toda boa festa tem um barraco, lá teve uma bêbada que deu show e aidna ficou minha "amiga". às vezes é bom estar do outro lado do balcão.
Luxei o braço no domingo, fui à um churrasco.
Amanhã consigo minha carta de estágio.
E logo, logo, vou embora, e nada mais vai me incomodar.

Se é ciúme é porque ainda gosta, então porque fingir que não e tentar me machucar?

terça-feira, 13 de outubro de 2009

tempo-espaço

de acordo com a teoria da relatividade do Einstein o tempo e o espaço não existem. No "paradoxo dos gêmeos, Einstein diz que se um dos dois irmão viajasse numa de grande velocidade, voltará em casa mais novo que seu gêmeo que ficou.

Claro que é só uma teoria. Mas, eu aprendi esse fim de semana que um segundo pode ser uma eternidade e um dia inteiro dura menos que um minuto.

A espera, para que ele chegasse durou um milhão de anos-luz. E quando ele chegou eu me sentia uma criança que ganhou um brinquedo novo; meus olhos brilhavam de emoção. Andamos na praia, rimos, conversamos. Saímos, bebemos, dormimos e não juntos dessa vez. Acordamos, almoçamos, fomos para um churrasco, na volta sentamos num quiosque e bebemos mais ainda.
Eu, bêbada, tentei uma aproximação mais forte. Ele disse não.

Foi como perder o emprego dos sonhos, como meu teto desabando, como se eu estivesse indo para um velório. Eu chorei, nós brigamos. Aliás, eu falei e escutei coisas como:
- Eu te amava e amo ainda, mas como amiga, agora.

Eu disse coisas, como:
- Se é gratidão, não precisa me agradecer dessa forma.

Dormimos novamente, sem o meu boa noite. Acordamos e eu faltei ao trabalho porque precisava ficar com ele.

Um parênteses: o fim de semana inteiro meu celular tocou. E eu me empolguei cada vez que o ringtone do Mario soava. Um outro amor da minha vida, que poderia ter vindo todos os dias do ano, mas porque justo aquele?

E ele quis ir comigo até lá. Meu coração palpitava, aliás, meu coração tocava uma canção de bateria de escola de Samba. Eu até tomei Skol, pois não tinha discernimento algum. Beijei. O outro.

E hoje, é a nostalgia das besteiras que fizemos ontem. Eu amei a ligação dele. Eu odiei o e-mail dele. E uma vez eu mandei uma mensagem para uma pessoa, mas na verdade cabia a ele essa mensagem: você é foda, em todos os sentidos bons e ruins da palavra; por isso eu te amo e odeio na mesma proporção.

Aconteceu uma história, que mais se parece com uma anedota com o meu melhor amigo nesse mesmo fim-de-semana nebuloso.
O casal conversava quando ele disse:
- Sabe, acho legal nosso lance, mas a gente precisa se tocar que é só amizade mesmo!
E a resposta recebida foi:
- Não, EU preciso me tocar.

é, essa história nãos e passou comigo, mas eu passei da hora de me tocar que o pra sempre, sempre acaba e já acabou faz tempo.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

time after time

essa é a trilha sonora da semana.

quarta-feira, sete de outubro de 2009, eu acordei e já tinha ligado para a Van me deixar em São Paulo. Encontrar-me-ia com uma amiga às 11h30 para almoçarmos no Subway. Eu comi pão com salada, e no dela tinha rosbife. Ficamos horas (mentira) na fila para ela depositar uns cheques. Fomos ao Starbucks e ela tomou CHips Jazz alguma coisa e eu tomei Frapuccino de Chá verde com Menta que tem cor de hortelã e gosto de pistache. Entrei no metrô com a mesma sensação que eu sempre tenho ao andar na Paulista. Uma sensação urbana à la Sex and The City. Cheguei à World Maps Ship Jobs para realizar a minha entrevista com o armador do navio. Um português baixinho, com uma pancinha de chop que chama gorjeta de propina. Ele perguntou:

- How about your English? - com um sotaque perfeito.
- I think is great.
- So, tell me, why do you want to work on board?

Claro que eu queria dizer que era pra fugir de Praia Grande, esquecer todos os meus Thiago's (que significa carma em dialeto maiarês), conhecer vários países e ganhar em dólar.

- I wanna work on board 'cause I wanna get more life experience and different cultures.
(é menti)

- And now, I propose a situation. We're a couple of guests and we're on the bar.
- Ok.
- I want a coffe.
- With sugar and milk?
- Great, and I want a water.
- With gas? In a glass with ice?
- Perfect.

E eu sorri, fui uma lady e respondi mais algumas perguntas. Ao sair alguém me esperava no térreo daquele prédio na avenida Ipiranga.

Os olhares se cruzaram e um abraço de saudades foi recíproco. Um ano e meio sem nos vermos. Eu esperei o dia inteiro aquele encontro, sem saber que não seria tão casual. Um dos Thiago's. Um dos protagonistas desse blog. Andei com meu salto de 4 dedos e meio pelo centro de São Paulo, tropecei perto do viaduto do chá. Sentamos numa padaria. O garçom disse:
- Brahma ou Skol?
E num som uníssono ele disse:
- Skol.
E eu:
- Brahma.

E tomamos Brahma, porque ele só fez aquilo para me irritar. Cinco Brahmas e um maço e meio de Carlton depois fomos em direção ao metrô que estava fechado. Dormimos pelo centro. E ao acordar éramos os velhos amigos de sempre.

Os detalhes entre 00h30 até 08h00 não são louváveis, não são vergonhosos. Na verdade foi uma amizade tão intensa que parecia que tínhamos nos visto ontem. A sinceridade da conversa, as brincadeiras, os cinismos, a forma como nos tratamos e tratávamos. Os risinhos, as piadas internas e as opiniões sobre tudo. Ainda combinamos como outrora. E, a verdade foi revelada mais do que tudo. Na verdade, nós sempre fomos amigos. Talvez nunca mais do que isso.

Hoje eu entendo que todo esse amor era amizade, companheirismo e carinho.

E até que enfim eu tirei esse peso das minhas costas.