domingo, 12 de julho de 2009

inconsequência

é uma paranóia o que sinto agora. o céu tem um gosto de fel, aquele de inverno ocioso. O vento sopra nas palmeiras que vejo da minha sacada, o mar está furioso, e esse new metal que escuto não me traz a adrenalina esperada do ritmo. A minha vida-fútil-social me desespera a cada "oi, tudo bem?" no MSN, e esse sentimento gritante me ensurdece a cada resposta hipócrita "sim, e você?". Não estou bem e menos ainda interessada no seu estado de espírito atual. Eu quero fugir, correr, pegar o telefone e ligar para um dos meus amores-repulsivos-eternos. Mas, também quero ficar sozinha, isolada, enclausurada, morrer, devanear, fingir que tudo ficará bem, quando eu sei que não. Meu repugnante-ego está quase explodindo, mas ele sufoca qualquer possível outro sentimento que eu possa ter. E então me sinto vazia, me sinto out, me sinto numa ilha, mas não estou sozinha. Sou náufraga por opção. Fique aqui, vá embora. Minhas poucas (e rebeldes) emoções se chocam, e isso está me dilacerando por dentro.
EU estou tomando um veneno esperando que outros morram.

Um comentário:

não disse...

acho que nas reações deveria ter um campo para "impressionante" ou algo do tipo (:


muito bom o post maiara, saudades.