terça-feira, 26 de maio de 2009

2° capítulo

um dia vira livro

Não que eu vá falar muito da minha infância, mas a primeira vez que eu tentei me matar foi com uns 10 ou 11 anos de idade. O motivo: não me lembro, mas sei que era constante eu pensar quantas pessoas iriam ao meu velório. Deve ter sido naquele tempo que eu comecei a virar sociopata, por mais conhecida que eu fosse na escola. Mas eu sempre fui “a” amiga, tá? Não era popular por ser bonita ou um feito grandioso na escola. Simplesmente por ser muito extrovertida e inteligente, além do fato de ser amiga dos garotos mais bonitos do colégio. Os perdedores sempre pensaram que os caras que faziam um certo sucesso dentre as garotas não tinham nada na cabeça, eles sim que eram completos idiotas. Pois bem, quero deixar claro uma coisa, só vou dar razão a esses loooooosers uma e somente uma vez, porque eles estavam certos. Claro que era um pouco de inveja, se você viu alguma dessas comédias românticas enlatadas sabe que toda feinha que ser cheerleader e todo nerdzinho quer fazer parte do time de futebol ou corpo discente. Digamos que eu ficava nos bastidores disso tudo. Eu conseguia as vagas para a ascensão social e também conseguia destruir a reputação de alguém com um simples estalar de dedos. Se Deus existe, ele me deu um anjo da guarda bem forte, já escapei de cada surra. Nem entendo como não morri por “saber demais”. E, aliás, quando se é adolescente, tem-se a impressão de cada fofoca que é espalhada vira tão importante quanto o o arsenal nuclear norte-coreano. Taí minha diferença perante os outros mortais. Eu me importava muito com a fome na África, enquanto eles discutiam se era verdade que fulaninha tinha perdido a virgindade. Talvez seja esse o motivo pelo qual eu exalava tanta confiança.
Mas eu prefiro não discorrer sobre a minha infância, já que aquele foi o período mais feliz da minha vida. Por mais contraditório que pareça, desde que entrei no ginásio (era assim que se chamava na minha época) minha vida deu uma up sem dimensões. Perdi a inocência e passei a conhecer a maldade das pessoas. Até minha libido que eu guardava pra quando fizesse dezoito anos veio à tona quando eu menos imaginava. É o que eu sempre digo: se você quiser pegar meus sentimentos e triturá-los, pisar em cima, cuspir e depois queimá-los só porque isso fará com que você se sinta bem, faça! Porém, nunca, jamais, em toda a sua existência dê um singelo peteleco no meu orgulho. É mais ou menos assim: homens estão para sua cabeça debaixo assim como eu estou para o meu ego. Então, se você manja o mínimo possível de matemática vai entender. Não que eu me importe! Lembrando que se você se importa comigo, então nós temos um problema. Que, aliás, agora que falamos sobre isso, passa a ser seu problema!
Muitas das pessoas que eu conheço me acham extremamente engraçada, só que isso é porque na maioria das vezes eu estou usando meu dialeto oficial: sarcasmo. E elas não entendem que estão sendo quase que humilhadas em público. A única crueldade com uma pessoa é você pisar na cabeça dela caso ela já esteja no chão, a não ser que você a tenha derrubado. Nesse caso vale tudo pra sair por cima.
Nessas memórias eu ainda direi várias verdades universais, que são pra mim, pelo menos. Mas que com certeza você concordará com boa parte delas.

2 comentários:

Unknown disse...

Que vida hein?!?!?!?!
É o que dizem por aí, não existe pessoa com personalidade forte ou fraca, ,mas sim gente de personalidade.
Parabéns!!

não disse...

adorey o novo layout (:
beeijos