quinta-feira, 4 de junho de 2009

09h02 AM

ao som de Tim Maia, passo ao computador, diretamente na internet, sem rascunhos no notepad algo que escrevi numadessas madrugadas.

Navegando pelo guia de canais da porcaria da minha TV digital que está falhando, diversos canais à minha escolha sugerem programas educativos e outros nem tanto. Desenhos animados, clipes do momento, entrevista com algum bambambam da indútria de não-sei-o-que de não-sei-de-onde falando sobre a crise ou um folhetim hollywoodiano recorde de bilheteria. Dentre este rol de limitadas possibilidades, pego meu controle remoto e escolho o botão vermelho. Power. Desligo a TV. Meu som ambiente é a chuva caindo no toldo do quintal e no telhado do vizinho; mais o tic-tac da caneta que me faz pensar que há algum componente solto dentro dela.
Acabo de apagar meu cigarro, minha garganta está queimando e eu juro para mim mesma - assim como faço todas as noites - que a partir de amanhã NUNCA mais fumarei.
Meu sofá em L me convida a deitar de bruços e passar para esta folhatodos os meus pensamentos. Mas, como nem tudo é perfeito, meu braço começa a formigar e eu me sento novamente. Irritada com o barulho da caneta, a sacudo e encontro o problema que não consigo consertar, porém a preguiça de trocá-la somente me motiva a dar uma pausa antes de continuar a psicografar o reality show da minha madrugada em prosa.
Sorrio, sem mostrar os dentes, aquele sorriso maroto de menina moleca que está feliz por nada. Rio de mim mesma, da minha meia furada, do acento que coloquei em ideia, da minha falta de criatividade, da piada sem graça de ontem, dos problemas que eu não tenho, da promoção que chegou em uma hora difícil e do salário que caiu na minha conta.
Estou, milimetricamente, observando a minha sala agora. Há quatorze lâmpadas ( eu escrevi com qu mas pronuncio com c) e somente a fluorescente está acesa. Não é por economia ou procupação com o meio ambiente, mas é que são muotos interruptores e em 7 anos esse é o único que eu sei para qual luz que serve. Meu rack tem uma TV, um DVD, um decodificador e meu aparelho de som... que reproduziu por tantas vezes os Cd's do KLB e MegaDance. Há outros Cd's, ams agora minha vibe é MP3 e eles só servem de lembrança para minha infância-anos-90-não-técnológica. A sala de estar e jantar estão juntas, mas esssa última nunca usamos para comer. Apenas serve de banca para jogos de cartas sábado a noite da qual eu nunca participo, pois estou enchendo a cara por aí. Tem uma outra mesa cheia de bibelôs o que eu acho um desperdício de dinheiro e tempo, já que só servem para juntar pó. Na mesa de centro ficam os controles remoto e os celulares de todos os agregados da família e no escuro bêbada eu já tentei ligar a TV com um Nokia 2280. Eu vejo a escada e acozinha daqui, o lavabo fica entre elas. Esta é minha suíte presidencial, pátio dos meus sonhos e acalentador dos meus devaneios.
Já passa da 1h da manhã, estou com sono e minhas mão estão com cãimbra. Preciso dormir.
Boa noite!

2 comentários:

não disse...

hehe ... ligar a tv com celular já é quase possivel (:
e eu que quando passo mto tempo vendo filme com o controle na mão o tempo todo, voltando cena e pausando; as vezes começo a apertar o controle pra tudo, uma vez até pro telefone parar de tocar.

Gustavo disse...

você dorme cedo...

abrazos,

Gus


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