domingo, 10 de maio de 2009

the last breath

Uma vez li algo que era mais ou menos assim:

a morte dizia:
- eu não sou como vocês me imaginam, vocês me desenham como um cadáver com um capuz segurando uma foice. Mas eu não sou assim. Querem saber minha aparência? Se olhem no espelho.

e nesse fim de semana eu a vi muitas vezes. não sobre o meu ponto de vista, mas dois acidentes fatais que me fizeram refletir sobre a vida.
Palavras de conforto, orações, espiritismo, esperança que estejam bem seja onde for, suspiros, choros e velas. Na verdade não perdemos uma pessoa, ela que perdeu a vida. A vida, oportunidades, alguém que não terá tempo de se formar na escola, ganhar um anel, ir pra balada, chorar por mais amores. Ele, que sequer terá seu primeiro beijo, sua primeira namorada ou entrará na puberdade. Uma criança que morre é mais que uma injustiça, é motivo para indignar-se.
Chegou a sua hora. Quando é minha hora? A vida é tão misteriosa que vivemos numa contagem regressiva sem saber em que tempo estamos.
E quando me acalmo do choque outra notícia. Um cara simpático, extrovertido... não estou conseguindo me expressar... não sei se estou triste, acho até que não estou acreditando.

Desejo que eles tenham vivido cada dia como se fosse o único. E que o último suspiro tenha sido de felicidade e de orgulho por terem cumprido sua missão.

Mas fica a pergunta: com tanta gente ruim no mundo, por que logo os inocentes se vão? Esa pergunta cai numa questão mais profunda: se Deus é justo, então quem fez o julgamento?

Um comentário:

não disse...

e a vida será um grande big brother? somos manipulados a todo momento? qual é o caminho certo à fazer? qual será nosso destino? ou destino seria apenas uma definição de algo que achamos que ia acontecer?