sábado, 16 de maio de 2009

num dia desses

Eu sempre fui boa em contar histórias, Pelo menos é o que dizem, tanto que às vezes achavam que era mentira. Mas, eu nunca tive a necessidade de inventar, nunca mesmo. Todos os dias da minha vida foram diferentes. Posso até dizer que nenhum ano foi igual ao outro. Ta, isso é um clichê... Mas, a questão é que eu não levo uma vida normal. Não tenho um emprego formal, um namorado que eu faço planos pra casar e ter filhos, não passo horas do meu tempo calculando o que fazer com o meu dinheiro, aliás, nunca nem fiquei desesperada por isso. Pra falar a verdade nunca gastei dinheiro com maquiagem ou revistas de dieta. A sensação de dejà vú é a mais raro que o uma estrela cadente vista no céu de São Paulo.Agora são 10h21, acabei de acordar. Quarta-feira. Prefiro não comentar sobre meu humor, odeio acordar cedo. Não ria, eu sou um vampiro, por mim trabalhava a noite e dormia o dia inteiro. Menos quando está calor que eu gostaria de ficar acordada vinte e quatro horas por dia e no inverno ficar hibernando. Se quiser imaginar minha cara nesse momento, pegue uma foto de um daqueles hippies numa pose superbacana fazendo o sinal da paz. Aquele igual ao V de Vitória, sabe? Idêntica!Enquanto escrevo aqui me correspondo com alguns amigos on-line. Incrível como a internet chegou pra reunir as pessoas e ao mesmo tempo torna-las tão anti-sociais. Hoje é raro você ter assunto com alguém numa roda de amigos. Mesmo quando há mais de quatro pessoas, por exemplo, as conversas ficam paralelas, o assunto é VIP, confidencial e você sempre termina a discussão com a frase: “terminamos esse assunto quando eu chegar em casa, vai entrar na internet hoje?”. Eu não vou ser hipócrita, pelo menos não dessa vez porque eu sou na maioria das vezes e me orgulho muito disso. Eu também já citei que sou depressiva? Claro que foi o diagnóstico da minha psicóloga e eu não considero essas pessoas muito confiáveis. A sessão era cara, e ela só me escutava acenando com a cabeça e dizendo que eu tinha problemas de relacionamento e traumas da infância. Se você já consultou um profissional assim com certeza está se identificando comigo. Porém um dia eu me enchi e dei alta pra ela!Eu estou soltando palavras ao ar. Antes que você pense, eu não sou uma daquelas pessoas que fica reclusa no meu canto que não me relaciono com as pessoas. Sou até pop demais pro meu gosto. Tenho um milhão de amigos que me amam. Pelo menos é o que eles dizem, né? Com todos aqueles abraços falsos retribuídos diplomaticamente por mim. Essa é a introdução da minha história de vida. Espero que desfrute e que nunca siga meus passos, antes que se torne uma pessoa fria e calculista como eu!

Um comentário:

não disse...

gosto de sentir este frio na espinha quando leio seus posts.